antinomia

...usado como sinônimo de paradoxo ou como uma classe especial de paradoxos: os resultantes de uma contradição entre duas proposições, em que cada uma delas é racionalmente defensável. Impulsionados pelas múltiplas contradições que julgamos racionais, sendo sempre mais ou menos passionais, somos nós ANTINOMIA.

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Ex-futuro físico, publicitário metido a músico. Um cara que curte, toca e canta rock e que tem vivido de escrever.

Friday, October 06, 2006

Pronta e sem graça!

Tenho um amigo no Japão! Quem me conhece sabe...
É um dos grandes amigos da minha vida! Tá lá porque não teve outro jeito...
Trabalhando 12 horas por dia. Só trabalha e dorme... Nem sempre consegue dar uma navegada (termo que ninguém usa mais) pra se inteirar sobre o que se passa por essas bandas (particularmente, acho que ele nem deveria perder tempo com isso...)
Perguntou o que tinha dado nas eleições...
Contei dos resultados pro governo federal e estadual e no embalo fui contando das câmaras estadual e federal.
Fiquei com vergonha. Ele é muito amigo meu, não é um ser como tantos outros limitados intelectualmente. Conhece bem o nosso país. Tanto que teve que ir pra lá... E mesmo assim eu tive vergonha de contar pra ele o resultado das eleições pro legislativo...
Pedi pra ele adivinhar três nomes... Só três absurdos que serão encontrados nas câmaras a partir do ano que vem. Ainda pedi: “Quero dois federais e um estadual”
O primeiro chute, ate que óbvio, foi o Maluf... Mas quando falei que foi votação recorde acho que ele quase desmaiou...
Diante do absurdo, ele não viu nada demais em chutar o Collor... Aí quase teve um enfarte quando disse que esse será senador da república!
Quando falei do Clô e do Frank Aguiar já emendei o pedido de um lugarzinho lá pra mim!
Serio mesmo... Eu fiquei com vergonha...
Parecia que eu tava contando pra um estrangeiro e que a culpa era minha... Aliás, não sei não se não é!
Vergonha...
Já dizia José Simão, é o país da piada pronta! Concluo: pronta e sem graça!
Pra aliviar um pouquinho a culpa que estou sentindo, fica aqui um texto pro pessoal refletir até dia 29.



Alckmin, candidato para quê? Para nada
Elio Gaspari

O grão-tucano Geraldo Alckmin acredita que seu desempenho como candidato a presidente mudará de qualidade a partir de 15 de agosto, quando começa o horário gratuito na televisão. Pode ser, mas isso não muda o fato de que até agora, com três meses de exposição, Alckmin encarna um desastre partidário, administrativo e individual.
O desastre partidário antecede ao aparecimento de sua candidatura. Ele ocorreu em julho do ano passado, quando o grão-tucanato acreditou que poderia denunciar as malfeitorias petistas sem prestar contas da relação de seu presidente, Eduardo Azeredo, com as arcas de Marcos Valério. Deram ao PT o direito de dizer que “somos todos iguais”. Acreditaram que, baixando a bola da estrela vermelha, o resto viria por gravidade. Não veio. (É de justiça reconhecer que FFHH jamais acreditou nessa bobagem.)
O desastre administrativo explodiu nos dias trágicos do colapso da segurança pública em São Paulo. Como diria Leonel Brizola, isso era coisa que vinha de longe. Alckmin é caso único de governante que, depois de confiscar um desconto nos transportes públicos de uma cidade, espera eleger-se com os votos de seus habitantes.
Em janeiro do ano passado, o doutor tungou um rebate de 10% que o Metrô de São Paulo dava aos usuários que compravam dois bilhetes. Além disso, comeu metade do bônus oferecido a quem comprava dez passagens. Mordida de R$ 1 para cada vítima. Isso enquanto foi governador. Sendo candidato a presidente, deixou o Estado com o vice Cláudio Lembo, que acabou de vez com o alívio. São medidas demófobas e retrógradas.
Os metrôs de São Paulo (estatal) e do Rio (privado) correm o risco de se transformar nos últimos do mundo a trabalhar com tarifas burras.
O sistema de Nova York, por exemplo, cobra US$ 2 pelo bilhete, mas oferece diversas modalidades de descontos. Quem compra um cartão de US$ 10 ganha uma viagem grátis.Para o usuário que vai e volta do trabalho todos os dias úteis, o metrô de Alckmin cobra R$ 105 (US$ 46) mensais, sem choro nem vela. Coisa de cidade rica. Em Nova York, burgo de miseráveis, esse mesmo trabalhador paga US$ 38 por um cartão que lhe permite viajar quantas vezes quiser, durante um mês. Lá, houve um choque de gestão. Cá, há o choque de burrice.
O desastre individual de Alckmin ocorre quando se percebe que o doutor já vestiu gibão de couro, comeu churrasco de bode, foi barrado em cercadinho VIP de forró, mas ainda não conseguiu enunciar uma só idéia que fosse boa e nova. Pior: nem ruim e velha. Nada. Repete platitudes até quando insulta seu adversário. Isso num cenário em que o PSDB assiste à erosão de redutos eleitorais significativos. Cada pesquisa indica novos e dolorosos rombos na rede eleitoral tucana.Os próximos meses serão duros para Geraldo Alckmin. E duros serão também para a choldra que terá que ouvi-lo. Isso porque, seja qual for o assunto, o doutor dirá:
“Esse problema precisa de estudo e firmeza. Devemos avaliar cada etapa do processo e avançar com passo seguro e determinação. Façamos o que ensina Anatole France: se a idéia é boa, copie-a. Eu acrescentaria: se não for boa, não a copie.”
Como escreveu o poeta Ascenso Ferreira:
- Para quê?
- Para nada.

1 Comments:

Blogger Ricardo e Liza Fernandes said...

Pra você basta este link ... http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2663

Dá uma olhada naquilo que você tá lendo e republicando - Elio Gaspari é uma fraude!!!

Abraços panacão!!!! hahahahaha

6:26 PM  

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