antinomia

...usado como sinônimo de paradoxo ou como uma classe especial de paradoxos: os resultantes de uma contradição entre duas proposições, em que cada uma delas é racionalmente defensável. Impulsionados pelas múltiplas contradições que julgamos racionais, sendo sempre mais ou menos passionais, somos nós ANTINOMIA.

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Ex-futuro físico, publicitário metido a músico. Um cara que curte, toca e canta rock e que tem vivido de escrever.

Thursday, September 28, 2006

Boa, boa, boa....



Coisas boas da vida...
A gente nem sempre percebe!
As vezes elas passam e a gente nem tchuns! As vezes elas infernizam a gente, e mesmo assim a gente só nota depois...
E aí corre atrás... Ou tenta correr atrás... E lá da frente elas olham por cima do ombro e mostram a língua!
Opa! Língua?!
Língua! Hehe... Coisas boas da vida...
De algumas coisas a gente não consegue se livrar mesmo...
E fica aquela sensação de “Putz... Que coisa mala!”
E se for apenas mais uma das coisas boas da vida?
A gente também tem essa mania de não enxergar quando é assim.
As vezes também as coisas boas da vida não sabem que pra gente são coisas boas da vida...
O negócio é tentar manter as coisas boas da vida por perto, mesmo que meio distantes, mesmo que tenham alguma dúvida sobre o que representam. Mesmo que elas tentem fugir, exatamente por saberem o que representam! Mesmo que finjam que não sabem.
A vida ta cheia de coisas boas, mesmo que em alguns momentos pareça impossível reconhecê-las!
E reconhecê-las é um (difícil) exercício bastante interessante e gratificante...

Tuesday, September 19, 2006

Inculta e bela!

Sou um lagalhé... Ou fui...
Chefete de minha então ominosa vida, pealava-me. Fui potoqueiro, torpe...
Diante dos estrilos de minha individualidade metafísica, melhor metamorfosear em probo. E aí recrudescer meu viver, prosternando à essa sensível imensidão e eternidade. E pelo ótimo prostídio, deleito-me em estesia.

Sem churumelas! O dicinário não existe à toa!
Ninguém "vai estar fazendo" porcaria nenhuma! Ninguém sabe nada "a nível de" alguma coisa!
Quando alguém te diz "obrigado", você deve dizer "obrigado eu!", e se responde por mais alguém, "obrigados nós"!
"Mim" não faz nada, chega de "pra mim fazer" e afins!
Há coisas entre "mim e você", ok?!
Durante aquele assalto, a polícia "interveio"!
E, meninas, você se "maqueiam", por pior que isso pareça!
Assim como quem não previne, "remedeia"!
E o Helton Pimenta "intermedeia" o debate, sempre!

É isso...

Saturday, September 16, 2006

Chico Buarque

Noite triste, dia feliz!
A vida nos proporciona contrastes e contradições interessantes e inusitados... Até renovadores, eu diria. Ainda não cheguei a uma conclusão se a culpa é sempre nossa. E tenho tido cada vez mais dúvidas sobre a existência de coincidências.
Sábado chuvoso depois de uma semana "40ºC", sem a piscina que tava lá...
Nada importante na cabeça. E aqui, pairando na massa, como uma especie de radiação de fundo, a música do disco novo do Chico:



Outros Sonhos (ChicoBuarque)

Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
Sonhei que ela corava
Quando me via
Sonhei que ao meio-dia
Havia intenso luar
E o povo se embevecia
Se empetecava João
Se emperiquitava Maria
Doentes do coração
Dançavam na enfermaria
E a beleza não fenecia
Belo e sereno era o som
Que lá no morro se ouvia
Eu sei que o sonho era bom
Porque ela sorria
Até quando chovia
Guris inertes no chão
Falavam de astronomia
E me jurava o diabo
Que Deus existia
De mão em mão o ladrão
Relógios distribuía
E a policía já não batia
De noite raiava o sol
Que todo mundo aplaudia
Maconha só se comprava
Na tabacaria
Drogas na drogaria
Um passarinho espanhol
Cantava esta melodia
E com sotaque esta letra
De sua autoria
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai
Sonhei que tu me querias

Soñé que el fuego heló
Soñé que la nieve ardía
Y por soñar lo imposible, ay, ay
Soñé que tú me querías

Friday, September 15, 2006

Certo?!

Já que é sabido que encontramos boa parte de nossos paradoxos e contradições na cruzada do certo e do errado e muitas vezes o dilema é se é certo ou errado, e diante do meu momento agora, faz-se oportuno e necessário o texto recebido de uma grande amiga que sabe bem das minhas antinomias.
(Não posso afirmar se a autoria é realmente essa ou se é mais uma invenção internética, mas vou dar fé por ter encontrado inúmeras ocorrências em concordância.)


A Pessoa Errada

Pensando bem
Em tudo o que a gente vê, e vivencia
E ouve e pensa
Não existe uma pessoa certa pra gente
Existe uma pessoa
Que se você for parar pra pensar
É, na verdade, a pessoa errada
Porque a pessoa certa
Faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisandodas coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempoao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver
Cada momento
Cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo
E só assim
É possível chegar aquele momento do dia
Em que a gente diz:"Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

Luís Fernando Veríssimo

Thursday, September 14, 2006

Marlboro

A quem estiver disposto, sugiro dar um click no link ao lado 'Cultuando o Acaso'. É o blog de um grande amigo que eu costumava chamar de Marlboro, mas que estou tendo de me acostumar a chamar de Ricardo. Foi esse blog que me influenciou a escrever o meu...
Segue um texto dele que vem bem a calhar:


Um surto de agonia

O mais difícil na vida é não mentir pra nós mesmos. Parece brincadeira esta frase, mas não é. Quão sincero você consegue ser com você mesmo? Completamente? ... Se você disser que sim, lamento mais não acredito. Diariamente somos colocados frente a frente com situações estranhas... Posso chamar de estranho, mas prefiro chamar de incomum. Estranho não é o incomum, mas sim aceitar o comum como se comum fosse. Tudo que é novo é incomum e tudo aquilo que passa a ser comum em nossas vidas um dia já foi incomum. O engraçado é quando uma pessoa que faz parte de nossa vida de uma hora pra outra passa a ser estranha... Passa de comum a incomum. Voltar a ser o que era é praticamente impossível. Laços quando quebrados, por mais perfeitamente trabalhados que forem com o intuito de restaurá-los sempre vão ser imperfeitos, pro resto da vida. A confiança é um desses laços que quando quebrada é difícil ser restaurada. Quando você considera alguém como parte de sua vida, você espera que o contrário também seja verdadeiro. Acreditar numa verdade que você supõe ser única para você é válido, mas viver uma mentira pode ser destrutivo. Por isso quando nos perguntamos algo, sempre tente dar a resposta mais sincera o possível. Nunca minta pra você. Eu tento fazer o mesmo e sei que é difícil.

Ricardo Fernandes


Qual seria o nome para o paradoxo advindo de duas proposições que se contradizem sendo elas não defensáveis racionalmente?
"Viver uma mentira pode ser destrutivo", disse o meu amigo e, não sei se por não ser conveniente ou por lapso, não disse que viver uma verdade também!
Talvez por isso seja tão difícil não mentir pra si mesmo... Talvez por isso a minha escolha certa talvez tivesse sido mentir pra mim mesmo...
"O amor sem fim não esconde o medo de ser completo e imperfeito." (Meus Bons Amigos, Barão Vermelho)

Wednesday, September 13, 2006

Immanuel Kant

Especificamente, emprega-se o termo antinomia dentro da crítica Kantiana do sistema de ideias cosmológicas na Crítica da Razão Pura (1781). Kant (1724-1804) fala da «antinomia da razão pura que consiste em usar idéias transcendentes com o fim de obter conhecimentos relativos ao mundo».Kant salienta que "Uma tese dialéctica da razão pura deverá, por consequência, possuir algo que a distinga de todas as proposições sofísticas e é o seguinte: que não se ocupe de uma questão arbitrária, levantada apenas por capricho, mas de um problema que se depara necessariamente à razão humana na sua marcha; e, em segundo lugar, que apresente, como proposição contrária, não uma aparência artificial que logo desaparece desde que como tal se examina, mas uma aparência natural e inevitável que, mesmo quando já não engana, continua ainda a iludir, embora não a enredar, e que, por conseguinte, pode tornar-se inofensiva sem nunca poder ser erradicada."
Não tenho a pretensão leviana e nefasta de comparar minhas idéias às de Kant. Nem tampouco comparar à dele minha capacidade de raciocínio, que por vezes penso ser maior do que realmente é. Trata-se apenas da constatação de que não vivemos, nós humanos, sem uma boa antinomia, que muitas vezes não é apenas uma situação bilateral, sendo até mesmo pluri...
E a partir daí, aí sim pretensiosamente, trata-se de tentar descobrir algumas verdades e inverdades inerentes a nós ou que fazemos inerentes a nós.
Começo então com uma dúvida que tem invadido meu espaço aéreo com a mesma freqüência que os mésons: A culpa é sempre nossa?